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Safada





Sou safada sim, quando solto a fera
quando encosta a cigana descarada
que mantenho trancada dentro de mim

Sou safada sim, quando me despertam
quando o tesão assume o lugar da razão
e eu deixo fluir, nas mãos, na boca, no sexo

Sou safada sim, quando mordo teu queixo
quando desço a lingua pelo teu corpo
quando mordo teus mamilos e rodeio teu umbigo
quando vou entre tuas coxas, prá te abocanhar o sexo

Sou safada sim, sou bandida, sou vadia
quando gemo de prazer ante teu toque
quando te provoco, incito e mesmo esgotada
ainda consigo te dizer: eu quero mais....

Sou safada e sou bandida quando mordo tua boca
quando desço as unhas pelas tuas costas
quando volteio o quadril para que me sintas
e te ofereço cada orifício do meu corpo

Sou safada quando peço que me sugue os seios
quando levo tua mão até o meu sexo
para que sintas toda a umidade que o teu toque me causou

Sou safada sim, sou bandida, sou vadia
quando alguém consegue me fazer mulher!

Sandra Nasrallah
Publicado no Recanto das Letras em 31/01/2008
Código do texto: T840179