No final da terceira série do ensino médio, boa parte dos estudantes surta com a aproximação dos vestibulares. A correria atrás de cursinhos, livros e simulados não parece ter fim. Vi amigas e amigos desesperados, dizendo que seriam mortos pelos pais se não passassem na prova. Eu sempre achei graça nessas coisas, pois nunca precisei estudar para fazer um exame, as explicações e exercícios em sala de aula sempre me bastaram. Apesar de toda a confiança e prepotência que possuo, fiquei um tanto nervosa quando notei que no próximo ano minha vida seria construída toda e exclusivamente por mim.
Quando, finalmente, meu primeiro dia de universitária chegou, não consegui controlar a euforia. O final da tarde, que antes parecia não querer chegar, finalmente chegou. Tomei banho e me preparei cuidadosamente, sempre evitando parecer extravagante demais. Olhei-me no espelho e aprovei o resultado, depois corri pelas escadas, indo em direção à porta.
Quando desci do carro de meu pai, em frente à universidade, já estava escurecendo. Resolvi dar uma volta para conhecer o lugar. Toda a estrutura me encantou, a arquitetura e as luzes que iluminavam a instituição davam um ar sombrio e, ao mesmo tempo, romântico. Caminhei pelo pátio, observando os jardins muito bem cuidados, as estátuas e os postes de luz que iluminavam o caminho. Alguns alunos e funcionários estavam caminhando por ali, mas foi uma moça sentada, em um dos bancos do jardim, que me chamou a atenção. Ela lia, sob a luz de um dos postes, um livro grosso com capa de couro. Trajava uma saia preta e uma camisa branca. As pernas, que eram muito bem torneadas, estavam cruzadas e uma mecha de cabelo estava presa atrás da orelha. Ela usava óculos de armação delicada que combinava perfeitamente com seu rosto que, aliás, era tão delicado quanto.
Fiquei com receio de me aproximar, mas não conseguia tirar os olhos dela. Quando pensei em passar reto, ela olhou em minha direção e, vendo que eu a estava encarando, abriu um sorriso. Como eu correspondi, a moça bateu uma das mãos no banco, fazendo sinal para que eu sentasse. Sentei-me ao seu lado e ela se apresentou:
- Eu sou Fernanda... Acho que nunca te vi por aqui. Como se chama?
- Caroline. – respondi
Como estava mais perto, pude reparar melhor em seu rosto. Fernanda tinha 24 anos, era parda, provavelmente descendente de indígenas. Seus cabelos eram compridos, repicados e muito lisos. Os olhos verdes e puxados contrastavam com a pele morena. Mas foi sua boca que me fez sentir o ventre esquentar, não existem palavras para descrever aqueles lábios tão convidativos. Toda vez que ela abria o sorriso largo e mostrava os dentes alvos, eu sentia que meu coração descompassado. Fernanda era muito comunicativa, mas eu sempre respondia seus questionamentos com monossílabos, pois me distraia ora com suas coxas grossas, ora com os botões de sua camisa (que me davam vontade de abri-los), ora com o movimento de seus seios roçando no tecido da roupa.
- Já está quase na hora de você ir para a sala. – informou ela, interrompendo meus pensamentos
- Você não estuda aqui? – perguntei
- Não, não... trabalho na biblioteca. – respondeu ela, com aquele sorriso arrasador nos lábios, enquanto se levantava e me puxava pelas mãos
Fernanda acompanhou-me até a sala e despediu-se com um beijo no rosto. O toque de seus lábios em minha pele fez com que meu corpo respondesse, imediatamente senti minha calcinha molhar e me veio a vontade de agarrá-la. Quando ela virou as costas para ir embora, deixando o rastro de seu perfume, fiquei observando o balançar de seus quadris, que pareciam hipnotizar-me e o movimento dos músculos de suas pernas. Conheci outras meninas durante o horário de aula, mas nenhuma me fez sentir da mesma forma que Fernanda fez.
Os dias de aula iam passando e eu me acostumava com a rotina da universidade. Conheci pessoas dos mais variados credos e culturas. Passei a gostar da maioria de meus professores, assim como dos colegas de classe. Porém, confesso que era da biblioteca que eu gostava mais. Ou, melhor dizendo, era da bibliotecária que eu gostava mais. Sempre que podia, eu ia buscar livros, mesmo que não precisasse. Inventei que não gostava da outra moça que trabalhava lá só para ter uma desculpa para ir sempre nos horários de Fernanda. Toda aquela simpatia que ela exalava resultava em muitas amizades, principalmente amizades masculinas. Eu odiava quando os rapazes a cercavam quando eu estava por perto, mas, para meu alívio, ela nunca deu bola para nenhum deles. Essa atitude me levava a pensar se Fernanda era lésbica, mas nunca tive coragem de perguntar.
Certo dia, como estava chovendo muito, fui obrigada a ligar para meu pai, pedindo para que ele fosse me buscar. Antes de ir embora, passei na biblioteca para entregar alguns livros.
- Sabe dirigir, Carolzinha? – perguntou Fernanda, enquanto confirmava os títulos dos livros
- Ainda não. – respondi com um sorriso bobo no rosto
- Com essa chuva, é melhor não ir embora sozinha. Quer carona?
Sua voz parecia um tanto maliciosa. Senti meu coração acelerar e uma vontade louca de dizer “sim”.
- Não, obrigada. Meu pai já está me esperando.
Fernanda balançou a cabeça em sinal positivo e olhou em meus olhos, dizendo:
- Quando quiser carona, pode me pedir. Vou adorar te levar onde você quiser.
As palavras e a expressão dela ficaram gravadas em minha cabeça. Com medo de estar distorcendo o que foi dito, resolvi tentar deixar para lá e ir embora. Eu estava ficando um pouco paranóica com aquela mulher, era melhor tentar esquecê-la. Dias depois, percebi que seria quase impossível ignorar Fernanda.
Era uma tarde de sábado, eu havia ido para uma cachoeira com alguns amigos da universidade. Cinco pessoas estavam comigo, uma delas era Luana, uma moça que eu tinha conhecido três dias atrás. Ela não era exatamente linda, mas tinha uma personalidade muito amável e delicada. Luana me disse que outro carro estava chegando com mais gente, logo aquele lugar viraria uma bagunça. Depois, sentou-se ao meu lado e perguntou:
- Está namorando, Carol?
- Não. – respondi
- Que bom.
Após dizer isso, Luana me puxou pela nuca e me deu um beijo. Apesar de nunca ter escondido minha homossexualidade de ninguém, estranhei a atitude dela, mas correspondi. Ouvi alguns rapazes gritando e fazendo qualquer brincadeira boba sobre a cena, mas não me importei. Até que um deles gritou:
- Olha só, finalmente chegaram!
Separei a minha boca da de Luana e virei o rosto para ver quem era. Fernanda estava parada, com uma das mãos na cintura e olhando fixamente para nós duas, atrás dela estavam chegando algumas outras pessoas, mas eu não via mais ninguém. Ela estava com a parte de cima do biquíni a mostra e um short preto. Seus seios eram grandes, redondos, pareciam querer saltar para fora do biquíni. A cintura fina e a barriga sequinha me davam vontade de mordê-la. Quase morri do coração quando ela, bem na minha frente, foi tirando o short, lentamente, parecia estar fazendo aquilo para mim. Senti minha garganta seca e minha calcinha ficar molhada, meu sexo parecia estar pegando fogo e tudo o que eu queria era que Fernanda o apagasse. Fiz questão de guardar o momento em que ela pulou na água e depois emergiu, com várias gotículas presas a seu corpo, me dando vontade de lambê-lo inteiro. Não sei se Luana percebeu que eu não tirava os olhos da outra, mas ela me puxou pelo queixo e beijou novamente. Parece estranho, mas eu não conseguia me concentrar nela.
Depois daquele sábado, evitei freqüentar tanto a biblioteca, com medo do que aquilo pudesse causar.
Duas semanas depois, na aula de sábado de manhã, uma professora passou trabalhos, avisando que os livros para a consulta estavam disponíveis na biblioteca. Chegando o horário do intervalo, a maioria de meus colegas se dirigiram até a biblioteca para buscar seus livros. Eu preferi esperar o final da aula para poder pegar o meu, assim teria uma desculpa para ir embora logo e não estender a conversa com Fernanda.
Quando acabou a aula, saí da universidade acompanhada de Luana, esquecida de buscar o livro na biblioteca. Após cinco minutos caminhando, ela lembrou-se do tal livro. Levei a mão até a testa e disse que iria buscá-lo mais tarde.
- A biblioteca só funciona em horário de aula, esqueceu? Não tem mais nenhuma aula hoje. – lembrou-me ela
Fui obrigada a voltar correndo, rezando para que Fernanda estivesse lendo algum livro, como costumava fazer antes de resolver ir embora.
Quando cheguei à entrada da instituição, avistei a porta da biblioteca. Esta parecia estar fechada, mas resolvi me aproximar para ter certeza. Girei a maçaneta e a porta abriu. Senti-me aliviada quando entrei e vi que as luzes ainda estavam acesas, sinal de que Fernanda ainda estava lá. Porém, quando olhei em volta, não vi ninguém. Comecei a andar entre as estantes do lugar, olhando os títulos, já ansiando por encontrar o tal livro que a professora pediu. Quando cheguei ao final de uma das estantes, avistei o livro que estava procurando. Ao retirá-lo do lugar, ficou uma fresta que me permitia ver claramente o fundo da sala e, por conseqüência, vi Fernanda conversando com uma moça de cabelos curtos e pretos. Fiquei quieta, tentando ver quem era a moça, mas acabei por não reconhecê-la. Era magra, alta, os cabelos eram ondulados e algumas mechas caíam sobre seu rosto, seus trajes eram um tanto masculinizados, assim como seu modo de gesticular. Estavam cochichando, me impedindo de ouvir a conversa, mas Fernanda não parecia muito contente.
De uma hora para a outra, a desconhecida puxou Fernanda pela cintura e deu-lhe um beijo. Fiquei estarrecida e, ainda observando a cena, retirei mais livros de minha frente, puxando, inclusive, os que estavam na prateleira do outro lado. Fernanda, de início, não parecia querer o beijo, mas segundos depois suas mãos já estavam pressionando o corpo da outra, enquanto a empurrava para uma mesa no fundo da sala. Senti uma mistura de ciúme e excitação. O ciúme foi por ver outra pessoa tocando no meu “objeto” de desejo, mas a excitação foi causada por ver a pegada forte que Fernanda tinha. Seus braços envolviam a outra como se quisesse prendê-la para sempre, suas pernas fortes se esfregavam entre as da moça. Às vezes, quando a estranha parava de beijá-la, Fernanda a puxava pelos cabelos e a obrigava a continuar com o beijo. Após sentar a amante na mesa, a bibliotecária ajoelhou-se e abaixou-lhe a calça e a calcinha de uma só vez. Em seguida, sem moderar o tom de voz, ordenou que ela abrisse bem as pernas. Não consegui ver o sexo da outra, pois Fernanda avançou vorazmente assim que ela obedeceu, mas posso dizer, com toda certeza do mundo, que ela estava se derretendo inteira. Sua expressão demonstrava tanto prazer que eu praticamente conseguia sentir a língua de Fernanda entre minhas pernas. A moça encurvava o corpo e agarrava nos cabelos da bibliotecária, sempre gemendo e rebolando o quadril. Fernanda me parecia muito competente no assunto, eu podia ouvir os estalos dos chupões que ela dava na outra, uma de suas mãos afastava os grandes lábios e sua cabeça se movimentava para frente e para trás, denunciando que ela tentava enfiar-lhe a língua na boceta.
Minha mente dizia-me para ir embora, mas meus olhos não conseguiam desgrudar daquela cena. Posso ser suspeita para falar, mas não existe coisa mais linda de se ver. A esta altura, minha calcinha estava absurdamente molhada, eu tinha vontade de me enfiar embaixo de Fernanda e começar a dar-lhe um banho de língua, pois ela deveria estar mentalmente implorando por isso. Fernanda abriu mais as pernas da moça e trouxe-a mais para perto, parecia querer engolir a boceta da outra. Algum tempo depois, o corpo da garota começou a tremer e ela abafou um gemido forte com a mão esquerda, enquanto puxava o cabelo da bibliotecária com a direita. Fernanda levantou-se do chão e a beijou, sofregamente. Permaneci quieta, esperando para ver o que aconteceria depois, pois estava claro que não terminaria assim.
Após retomar o fôlego, a amante de Fernanda encostou-a na parede, ao mesmo tempo em que voltava a beijá-la. Fernanda era uma safada, já estava apertando as nádegas da moça, levantando a saia e levando uma de suas mãos até a própria vulva. Não posso negar que também estava me sentindo um tanto pervertida, nunca fui voyeur, mas aquilo me excitava muito. Era uma cena tão linda e sedutora que eu não consegui me conter, me ajoelhei no chão, tirei mais alguns livros da prateleira e comecei a acariciar-me por cima da calça. A outra estava com a mão esquerda acariciando a boceta de Fernanda, esta contorcia o rosto de tesão, agarrava a bunda da outra, puxava-lhe a nuca para arrancar um beijo, parecia desesperada. Só de pensar no quão molhada sua vulva deveria estar, minha boca enchia-se d’água. Pude notar o sobressalto de Fernanda quando foi penetrada, seguido de uma mordida no ombro da outra, dada para evitar que os gemidos escapassem de seus lábios. Conforme a moça aumentava a velocidade dos dedos entrando e saindo da bibliotecária, eu aumentava a velocidade da massagem que fazia em meu clitóris. Ela jogava o corpo pra cima de Fernanda, mordia seu pescoço e sussurrava coisas. Quando notei que estava prestes a gozar, tapei a boca com uma das mãos e tentei me controlar. Foi entre os espasmos do orgasmo que notei o olhar de Fernanda em minha direção.
Abaixei-me o mais rápido que pude, fiquei parada, estática, tentando controlar a respiração. Coloquei os livros, vagarosamente, no lugar e observei, pela última vez, os dedos que entravam e saíam da bibliotecária. Retirei-me do local enquanto ouvia os urros e gemidos de Fernanda, um sorriso se formou em meus lábios e a neura da possibilidade de ela ter me visto se dissipou quase totalmente. Esqueci, inclusive, a história do livro para fazer o trabalho. Decidi deixar para segunda-feira de manhã, pois nada estragaria o resto de meu dia.
Cheguei em casa com um sorriso de orelha a orelha. Minha mãe, antes de sair de casa com meu pai, avisou que demoraria a voltar e que Luana estava me esperando no quarto. Subi as escadas correndo e me joguei em cima dela quando a vi. Ainda estava sendo consumida pela excitação, portanto não pensei duas vezes, passei a acariciar seus seios por baixo da blusa enquanto a beijava, pensando no quanto a moça da biblioteca havia sido tola por deixar escapar a chance de chupar Fernanda, eu daria qualquer coisa para sentir seu gosto.
- Agora não! Outro dia. – disse Luana, interrompendo meus devaneios
Tentei insistir, mas ela deu a entender que estava “naqueles dias”. Então resolvi ficar na minha.
Como havíamos marcado de ir dançar com alguns amigos, passei o resto da tarde tentando me distrair comprando roupas novas e indo ao salão de beleza, futilidades que eu não costumo praticar, mas tudo valia para aliviar minha mente e meu corpo. Quando o relógio marcou 23:00 horas, Luana estava buzinando em frente à minha casa.
Chegamos ao local e encontramos nossos amigos. Tentei namorar um pouco com Luana, mas ela estava muito sensível e manhosa - nenhuma característica que eu admire muito -, para não me irritar, acabei por deixá-la de lado. Depois de algumas horas, fui até o bar para comprar um copo de refrigerante. Quando estava voltando para o grupo, vi que tinha uma moça morena conversando com o pessoal. Apesar da escuridão, tive certeza de que era Fernanda. Senti meu coração acelerar e meu corpo parecia ficar mole. Esperei ela se afastar do grupo e fui até lá. Encostei-me no balcão que estava atrás de nós e passei a observar Fernanda, que estava na pista de dança. Ela estava terrivelmente gostosa, trajava uma mini-saia branca e uma blusa de “gola boba” preta, que caia por um de seus ombros. Minha boca chegava a salivar diante de tamanho monumento da natureza. A pele morena parecia tão macia e Fernanda era tão cheirosa que me agoniava não poder tocá-la. Seu corpo se movia de acordo com a música, os quadris se soltavam, ela jogava os cabelos e levantava os braços. Exalava sensualidade por todos os poros. Cheguei a sentir ódio da garota que a havia tocado na biblioteca.
- Carol, não estou bem. Acho que vou para casa! – disse Luana, me dando um susto
- Quer que eu te acompanhe? – perguntei, morrendo de vontade que ela negasse
- Não precisa. Depois você pega carona com um dos meninos. Vou indo. – despediu-se ela, antes de me dar um beijo
Pode parecer terrível de minha parte, mas eu achei ótimo ela ter ido embora mais cedo. Fiquei observando Fernanda por um tempo e fui buscar mais refrigerante no bar. Quando voltei, apoiei os braços no balcão, ficando de costas para a pista. Senti alguém aproximar-se e me segurar pela cintura.
- Se beber muito, vai acabar ficando tonta! – sussurrou bem próxima ao meu ouvido
Fechei os olhos por um instante e me virei. Fernanda estava tão perto que eu sentia vontade de gritar.
- Se continuar assim, eu terei que te levar para casa. – complementou
Pensei em dizer que não tomava bebidas alcoólicas, mas a idéia de Fernanda me levando em casa foi tentadora demais.
- Eu estou bem. Não precisa se preocupar. – respondi enrolando a voz propositalmente
Fernanda riu e se colocou ao meu lado.
- Você já tem 18 anos? – perguntou
- Já.
- Hum, menos mal. Já te disseram que aparenta ser mais velha do que é?
- Já, também.
- E já te disseram que está mais gostosa que o habitual, hoje?
Reuni coragem e abusei do fato de ela pensar que eu estava um pouco bêbada.
- Não. Mas como pode dizer uma coisa dessas se ainda nem provou?
Um sorriso safado se formou em seus lábios, me arrancando suspiros.
- Você fica mais interessante quando está tomando esse negócio. – disse ela, entre risos
Aproximei meu corpo do dela e cochichei em seu ouvido:
- Você nem imagina o quanto.
Subi uma de minhas mãos por sua coxa, assoprei-lhe o ouvido e beijei-lhe o pescoço. Todo o seu calor parecia ter sido transferido para o mim. Percebi um leve tremor percorrendo seu corpo.
- Acho melhor te levar para casa, antes que você me obrigue a cometer uma loucura.
Ao dizer isso, ela me puxou pelas mãos e avisou a algumas pessoas que estávamos indo embora.
Fernanda acompanhou-me, de mãos dadas, até o estacionamento. Quando chegamos em frente à minha casa, fiz questão de que Fernanda me levasse para dentro, mas ela se recusou a entrar, ainda mais quando eu disse que meus pais não estavam. Só concordou em me levar quando eu disse que estava passando um pouco mal. Na garagem, ela abriu a porta e eu a empurrei contra o carro e colei meu corpo no seu. Vi seus pêlos do braço ficarem eriçados e comentei com ela.
- Você que me dá arrepios. – disse-me
- Hum... Arrepios, é? Daqueles que deixam a gente molhada? – perguntei, voltando a enrolar a voz
Seus olhos verdes brilhavam e sua língua umedeceu os lábios.
- Não faz isso, garota. Não posso fazer nada com você. – pediu
Sem dar ouvidos, puxei sua nuca e dei-lhe um beijo. Sua boca era quente, macia, gostosa. Os movimentos de sua língua encaixavam perfeitamente com os meus.
- Parece que alguém mentiu só para me roubar um beijo. – disse ela
- Do que está falando? – perguntei
- Seu hálito. – respondeu-me, enquanto sorria
Percebendo a minha falha com relação a este pequeno detalhe, devolvi o sorriso. Ela apertou-me pela cintura e empregou mais vontade ao beijo.
- Está enganada. Não fingi estar bêbada só para te roubar um beijo... Quero bem mais que isso. – declarei
Fernanda mordeu o lábio inferior e me prendeu novamente em seus braços. Sua língua me invadia a boca e suas mãos escorregavam por minhas costas nuas. Ela desamarrou o nó de minha blusa e deixou meus seios à mostra, em seguida, afastou meu corpo por um instante e passou a chupá-los. Posso jurar que senti vertigens. Meu corpo se projetava para trás e minhas mãos se enganchavam em seus cabelos. Ela me segurava com força pelas nádegas, me puxava para mais perto à medida que eu me jogava para trás. Puxei-a pelos cabelos e voltei a beijá-la. Desejosa de ver, de perto, seus maravilhosos seios, arranquei-lhe a blusa e o top e joguei-os no chão. A visão de seus seios grandes com bicos rijos, apontando para mim, aumentou ainda mais a minha libido. Passei a língua em volta de suas auréolas, depois suguei seus mamilos carinhosamente, deixando escapar alguns estalos. Fernanda soltava gemidos suaves e roucos, enroscava suas pernas em volta das minhas e apertava seu corpo contra o meu.
Afastei um pouco suas pernas e passei a provocá-la na parte interna das coxas, passando as unhas, vagarosamente, por toda a extensão de seus músculos. Depois, levei minha mão até seu sexo e, por cima da calcinha, escorreguei meus dedos em toda a sua extensão. A bibliotecária gemia e me segurava pelos cabelos, eu podia sentir sua calcinha umedecendo cada vez mais. Voltei a beijá-la, mas ela mal correspondia, parecia agoniada, doente, ansiosa para que eu a possuísse de vez. Adorando tal sacanagem, nem a convidei para o quarto, apenas levantei sua saia e fiz com que ela se sentasse no banco do carro, com as pernas abertas e voltadas para mim. Ajoelhei-me na sua frente e puxei sua peça íntima, deixando sua vulva completamente exposta. Sua boceta não era completamente depilada, tinha uma fileira de pêlos com um pouco menos de dois centímetros de largura. Seus pequenos lábios estavam umedecidos pelo líquido que escorria de sua boceta e seu clitóris estava muito inchado. Soltei um gemido diante de tamanha obra prima e enfiei minha cabeça entre suas pernas. Minha língua escorregava, lentamente, por seu clitóris e chegava à entrada de sua boceta, onde eu podia me deliciar com seu mel. Eu gostava de torturá-la, toda a energia e fibra que ela demonstrava dava um aspecto gostoso para aquilo tudo. Seus olhos se reviravam e ela prendia a respiração quando eu fazia menção de chupá-la com vontade. Eu simplesmente adorava.
- Pára com isso! Não estou agüentando mais. – reclamou, me segurando firmemente pelos cabelos
Um sorriso se formou em meus lábios e, muito obediente, passei a chupá-la com toda a vontade que estava acumulada em meu corpo. Seu clitóris inchado era sugado, repetidamente, para dentro de minha boca e sua boceta molhava inteira. Minha bibliotecária jogava a cabeça para trás e empurrava o quadril contra meu rosto. Pedia-me para que a chupasse com mais força, gritava meu nome, implorava por meus dedos. Eu só fazia obedecê-la. Comecei a socar meus dedos em sua boceta, sem deixar de chupar seu grelinho.
Além de safada, Fernanda era boca suja. Palavrões não paravam de escapar-lhe dos lábios. Sua excitação se assemelhava à raiva. Ela se cravava as unhas no banco do carro e me xingava de filha da puta, vagabunda e piranha, só faltava me bater, o que, aliás, não teria sido tão má idéia. Após alguns minutos, espasmos começaram a tomar conta do corpo de Fernanda. Aumentei a velocidade de minha língua, assim como de meus dedos, mesmo assim, ela agarrou-se ainda mais em meus cabelos e me mandou comê-la com mais força. Passei a fodê-la furiosamente, fazendo com que seus gemidos se tornassem urros e seu corpo explodisse em gozo. Os espasmos foram tão fortes que o corpo de Fernanda se projetou para frente, enquanto ela continuava empurrando minha cabeça contra sua boceta.
Enquanto ela recuperava o fôlego, aproveitei para lamber o seu mel, lambuzando toda a minha boca. A bibliotecária me puxou e beijou, chupando-me a língua e os lábios molhados e escorregadios. Sua boca envolvia a minha, parecia querer me engolir, me fazia ver estrelas. Interrompi o beijo por um instante para contornar seus lábios com o polegar.
- Sua boca é um sonho! – disse eu, com a voz cheia de desejo
- Você ainda não viu nada! – provocou-me
Ao dizer isso, Fernanda levantou do banco e praticamente me jogou contra o carro. A sensação gostosa de ser dominada me incendiou o corpo. Ela arrancou-me o short e a calcinha, abaixou-se e invadiu minha boceta com sua língua. Cada milímetro que sua língua percorria me pareceu uma eternidade, meu corpo praticamente saltava do chão, o quadril se mexia conforme os movimentos da boca de Fernanda. A bibliotecária estava praticamente enfiada debaixo de mim, entre minhas pernas. Sua língua me penetrava, lambia, molhava. Os gemidos escapavam de minha boca completamente descontrolados, as frases eram mal formuladas e nem eu conseguia entender direito. Ela sugava meu clitóris e depois socava sua língua dentro de mim. Tentei segurá-la pelos cabelos, mas suas mãos, rapidamente, retiraram as minhas, prendendo-as contra o carro.
Para minha momentânea decepção, Fernanda levantou-se, depois segurou meus pulsos contra o carro. Forçou sua coxa grossa contra meu sexo, fazendo-a ficar molhada com o líquido que insistia em sair de meu corpo.
- Quero te fazer gozar assim e você vai ficar bem quietinha, sem reclamar! - ordenou
A bibliotecária roçava a coxa em minha boceta e chupava o lóbulo de minha orelha, às vezes, me levantava do chão, levando-me ao delírio. Não demorei muito para começar a gemer em seu ouvido, implorando para que realmente me fizesse gozar.
- Não te mandei ficar quieta? Você só fala quando eu mandar! – disse ela, com a voz rouca e irritada
Como eu obedeci, Fernanda sorriu e continuou com a pressão. Nenhuma pessoa havia me tratado daquela forma, até então, e eu não fazia idéia de que poderia gostar tanto. Sem mais nem menos, meu corpo começou a responder sozinho. Eu agarrava nas costas dela e cravava minhas unhas em sua pele, enquanto meus quadris se movimentavam para frente e para trás. Eu estava enlouquecida, tinha a impressão de que iria morrer se Fernanda parasse.
- Está gostoso, é? – cochichou – Fala para a Fê que você está gostando, fala?
Eu estranhei a mudança no tom de voz, mas não consegui respondê-la, só soltava gemidos e jogava meu corpo contra o seu.
- Você não sabe o tesão que me dá essa sua cara de safada! – continuou - Posso sentir sua bocetinha molhando minha perna. Vai gozar para a Fê, não vai?
- Uhum. – gemi
Quando senti o gozo se aproximando, apertei os olhos e cravei as unhas em suas costas com uma força maior, arranhando-a inteira. Gritei um palavrão qualquer e mordi seu ombro, enquanto, entre os espasmos, ela continuava falando em meu ouvido. O orgasmo chegou como um furacão, sacudiu todo o meu corpo, tirou todas as minhas energias, me fazendo ficar praticamente inerte.
Fernanda afastou a coxa de mim, mas teve que me segurar pela cintura, pois eu não conseguia sentir firmeza nas pernas. Leves espasmos ainda convulsionavam meu corpo quando finalmente consegui ficar em pé sozinha. Retomando a personalidade habitual, Fernanda me abraçou com força e fez carinho em meus cabelos.
- É melhor juntar a roupa do chão antes que seus pais cheguem. – disse ela, sorrindo, após nos afastarmos.
Devolvi o sorriso e fui puxada com firmeza, pela cintura, para junto de seu corpo, novamente. Ela me beijou de uma maneira enlouquecedora, senti minhas pernas voltarem a ficar bambas.
- Desse jeito você me mata! – confessei
Fernanda riu.
- Então se segura, pois ainda nem chegamos ao seu quarto! – disse ela
Quando vi que ela estava falando sério, senti meu corpo estremecer. Havíamos acabado de fazer sexo e a minha vontade de seu corpo já estava ressurgindo. Peguei as roupas do chão e segui para o meu quarto, acompanhada de Fernanda.
Horas mais tarde, ouvi meus pais chegarem. Bateram em minha porta, querendo questionar sobre o carro que estava na garagem. Como não respondi, eles insistiram por alguns instantes, até que ouvi minha mãe dizer para meu pai:
- Deixa. O carro deve ser de alguma amiga. Elas devem estar dormindo.
Enquanto ouvia os passos se afastarem, imaginei o que minha mãe diria se soubesse que o verdadeiro motivo de eu não respondê-los foi o fato de estar com a boca ocupada, entre as pernas da bibliotecária da universidade.
C.R.